Não queria escrever um post pessimista, mas não tem como. Já faz algumas semanas que me decepcionei muito com a possível nova cuidadora do meu pai. Aliás, acho que faz mais de 1 mês que ela não vem mais em casa.
Tudo começou em um sábado normal. Meu pai estava tomando café da manhã e chamou a Dona Lucia. Sem ser grosso, nem nada fora do comum, ele pediu para ela tirar umas latas de tinta que estavam na garagem há mais de um ano.
Essas latas de tinta e outros materiais foram deixados pelo marido dela, Clovis, que pintou os muros e paredes de casa no ano passado.
Até pouco tempo atrás, isso não incomodava meu pai. Mas nos últimos dias, ele começou a se irritar com aquela bagunça.
Voltando à conversa. A Dona Lúcia respondeu que iria pedir para o marido dela tirar. E meu pai perguntou se demoraria muito. Eu falei para ele ficar tranquilo que em breve as latas seriam removidas. E mudei de assunto.
Na hora de ir embora, a Dona Lucia se despediu normalmente, sem apresentar nenhuma alteração.
No dia seguinte, o marido dela, que sempre tocou a campainha para entrar em casa (eles tem as nossas chaves), entrou na garagem sem falar nada e começou a retirar as coisas. Ouvimos barulhos e minha mãe foi ver quem estava lá. Conversou um pouco com ele, que contou que a dona Lucia não conseguiu dormir na noite anterior e estava muito nervosa. Minha mãe estranhou, mas deixou pra lá, pois sabe que a Lucia realmente é ansiosa e fica assim por coisas bobas.
Na segunda de manhã bem cedo, o Clovis apareceu novamente em casa, sem falar nada, com o carro do filho da patroa da Lucia, para buscar o resto do material. A patroa que, segundo ela, é mão de vaca e materialista, deixaria o marido da funcionária usar o carro do filhinho??? Marido que, quando estava bêbado, bateu o próprio carro, deu PT, e agora não tem outro carro?
Fiquei imaginando se, na verdade, a patroa dela não era tão má como a Dona Lucia falava. Ou se ela fez tanto drama que a patroa malvada ficou com pena. Sei lá. Nada disso me interessa mais.
Minha mãe conversou com o Clovis de novo e ele falou que meu pai foi super grosso com a Dona Lucia. Mesmo sabendo que ele é doente e que esse tipo de coisa poderia acontecer a qualquer momento, ela ficou bem nervosa e o Clovis falou que ela não era obrigada a entender a doença do meu pai. Pronto. Neste momento, vimos que ela não é a pessoa adequada para tomar conta do meu pai. Primeiro porque meu pai não foi grosso e nem nada. Segundo, porque, mesmo se tivesse sido, seria algo que ela teria que aprender a lidar.
Estaca zero novamente. Minha vida profissional precisa esperar mais um pouco. Deveria ser possível colocar no currículo que cuidei com carinho do meu pai, né? Pena que não dá e ninguém entenderia...
Tudo começou em um sábado normal. Meu pai estava tomando café da manhã e chamou a Dona Lucia. Sem ser grosso, nem nada fora do comum, ele pediu para ela tirar umas latas de tinta que estavam na garagem há mais de um ano.
Essas latas de tinta e outros materiais foram deixados pelo marido dela, Clovis, que pintou os muros e paredes de casa no ano passado.
Até pouco tempo atrás, isso não incomodava meu pai. Mas nos últimos dias, ele começou a se irritar com aquela bagunça.
Voltando à conversa. A Dona Lúcia respondeu que iria pedir para o marido dela tirar. E meu pai perguntou se demoraria muito. Eu falei para ele ficar tranquilo que em breve as latas seriam removidas. E mudei de assunto.
Na hora de ir embora, a Dona Lucia se despediu normalmente, sem apresentar nenhuma alteração.
No dia seguinte, o marido dela, que sempre tocou a campainha para entrar em casa (eles tem as nossas chaves), entrou na garagem sem falar nada e começou a retirar as coisas. Ouvimos barulhos e minha mãe foi ver quem estava lá. Conversou um pouco com ele, que contou que a dona Lucia não conseguiu dormir na noite anterior e estava muito nervosa. Minha mãe estranhou, mas deixou pra lá, pois sabe que a Lucia realmente é ansiosa e fica assim por coisas bobas.
Na segunda de manhã bem cedo, o Clovis apareceu novamente em casa, sem falar nada, com o carro do filho da patroa da Lucia, para buscar o resto do material. A patroa que, segundo ela, é mão de vaca e materialista, deixaria o marido da funcionária usar o carro do filhinho??? Marido que, quando estava bêbado, bateu o próprio carro, deu PT, e agora não tem outro carro?
Fiquei imaginando se, na verdade, a patroa dela não era tão má como a Dona Lucia falava. Ou se ela fez tanto drama que a patroa malvada ficou com pena. Sei lá. Nada disso me interessa mais.
Minha mãe conversou com o Clovis de novo e ele falou que meu pai foi super grosso com a Dona Lucia. Mesmo sabendo que ele é doente e que esse tipo de coisa poderia acontecer a qualquer momento, ela ficou bem nervosa e o Clovis falou que ela não era obrigada a entender a doença do meu pai. Pronto. Neste momento, vimos que ela não é a pessoa adequada para tomar conta do meu pai. Primeiro porque meu pai não foi grosso e nem nada. Segundo, porque, mesmo se tivesse sido, seria algo que ela teria que aprender a lidar.
Estaca zero novamente. Minha vida profissional precisa esperar mais um pouco. Deveria ser possível colocar no currículo que cuidei com carinho do meu pai, né? Pena que não dá e ninguém entenderia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, obrigada por comentar!
Gostaria muito de saber como você convive com a doença de pick.
Se tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão, sinta-se à vontade.
Conto com sua ajuda para tornar este blog melhor!