domingo, 8 de setembro de 2013

Meu pai quase me bateu!

Na última sexta-feira enfrentei meu pai. Geralmente, como já disse aqui antes, saio de perto quando ele começa a se alterar e ficar nervoso. Mas desta vez, fiquei firme e forte e não dei o braço a torcer. 

De manhã saímos de casa para ir ao shopping, banco e supermercado. No mercado meu pai já estava bem cansado, se apoiando nas prateleiras. Fiquei preocupada, mas ele, muito orgulhoso, falou que estava bem. Pensei que passaria a tarde mais sossegado. Me enganei...

Após o almoço, meu pai quis ir ao parque e eu estava limpando a casa, toda suja e suada.

Falei para ele para irmos no final da tarde, pois o clima é mais ameno. Ele já ficou alteradíssimo, nervoso, e começou a gritar que eu achava que era dona do carro, que ele iria a pé, sozinho. 

Na hora não soube improvisar muito bem e falei novamente para ir depois, pois se ele fosse sozinho não saberia como chegar lá. É que uma vez, quando eu estava viajando, uma tia e minha irmã estavam em Ribeirão e tentaram levar meu pai ao parque, mas ninguém soube o caminho. Relembrei meu pai deste episódio e ele ficou com aquela cara transtornada, de olhos arregalados, se aproximou de mim, e bateu a mão com muita força na mesa. Gritou bem alto que não queria brigar, mas se eu quisesse brigar, ele brigaria. E começou a tossir e se curvar. 

Fiquei parada, em pé, olhando para ele, sentindo uma mistura de raiva com pena. 

Como não saí de perto, como de costume, acho que ele ficou meio sem graça, não sei, e foi para o quarto dele. Ouvi ele me xingando de todos os palavrões possíveis e imagináveis.

Nisso, minha irmã me mandou mensagem, falando de assuntos pessoais e contei mais ou menos o que aconteceu. Ela me ligou preocupada e questionou a necessidade de voltar com os medicamentos para controlar o nervosismo. 

Esse é um assunto que precisa ser muito bem analisado e decidido, pois remédios tem tantos prós quanto contras bem fortes.

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