Antes de descobrirmos que meu pai estava doente, há mais de 3 anos, ele começou a apresentar diversas mudanças de personalidade.
Como sempre foi muito cuidadoso para dirigir, estranhamos quando ele começou a "tirar finas" de outros carros, dirigir quase encostando no carro da frente, bater o carro e correr. Ah. E começou a tomar multas. Muitas multas.
Toda vez que chegava uma multa nova, era briga na certa entre minha mãe e meu pai. Ele parecia não se importar e minha mãe ficava indignada. Era estranha a indiferença dele, pois sempre foi contra o pagamento de qualquer tipo de multa, como por atrasos de pagamento, por exemplo.
Meu irmão e eu tivemos que repassar as multas deles para as nossas carteiras de motorista, senão ele perderia a dele. Lembro-me de ter ido muito chateada com meu irmão até o departamento de trânsito (como chama mesmo?) para fazer a transferência.
Depois de contar ao médico que meu pai dirigia perigosamente, ele proibiu-o de dirigir. Conforme esperado, meu pai ficou extremamente nervoso e sempre pedia as chaves do carro para sair.
Demorou um bom tempo para ele se acostumar a sair de casa como passageiro e não motorista, como sempre foi.
Hoje, ele ainda pede a chave do carro de vez em quando. Mas é raro. Minha mãe e eu damos uma desculpa qualquer, mas sempre ficamos tensas, pois ele fica nervoso.
Às vezes dá um certo peso na consciência por achar que meu pai estava meio "chato" naquela época. A culpa não era dele, era da doença! Mas a gente não sabia e achava que ele que estava envelhecendo e ficando ranzinza...
Por isso, quando alguém da sua família começar a mudar de personalidade, fique atento! Pode ser que essa pessoa esteja ficando doente e ninguém saiba. Não é normal mudar de comportamento de uma hora para a outra! Convença-a a fazer exames, procurar um neurologista.
Não será fácil, pois a pessoa insistirá que está bem, se for igual ao meu pai. Tivemos um baita trabalho para levá-lo ao médico, pois ele considerava-se perfeitamente bem. Mas ao iniciar o tratamento, tornou-se menos agressivo.
Toda vez que chegava uma multa nova, era briga na certa entre minha mãe e meu pai. Ele parecia não se importar e minha mãe ficava indignada. Era estranha a indiferença dele, pois sempre foi contra o pagamento de qualquer tipo de multa, como por atrasos de pagamento, por exemplo.
Meu irmão e eu tivemos que repassar as multas deles para as nossas carteiras de motorista, senão ele perderia a dele. Lembro-me de ter ido muito chateada com meu irmão até o departamento de trânsito (como chama mesmo?) para fazer a transferência.
Depois de contar ao médico que meu pai dirigia perigosamente, ele proibiu-o de dirigir. Conforme esperado, meu pai ficou extremamente nervoso e sempre pedia as chaves do carro para sair.
Demorou um bom tempo para ele se acostumar a sair de casa como passageiro e não motorista, como sempre foi.
Hoje, ele ainda pede a chave do carro de vez em quando. Mas é raro. Minha mãe e eu damos uma desculpa qualquer, mas sempre ficamos tensas, pois ele fica nervoso.
Às vezes dá um certo peso na consciência por achar que meu pai estava meio "chato" naquela época. A culpa não era dele, era da doença! Mas a gente não sabia e achava que ele que estava envelhecendo e ficando ranzinza...
Por isso, quando alguém da sua família começar a mudar de personalidade, fique atento! Pode ser que essa pessoa esteja ficando doente e ninguém saiba. Não é normal mudar de comportamento de uma hora para a outra! Convença-a a fazer exames, procurar um neurologista.
Não será fácil, pois a pessoa insistirá que está bem, se for igual ao meu pai. Tivemos um baita trabalho para levá-lo ao médico, pois ele considerava-se perfeitamente bem. Mas ao iniciar o tratamento, tornou-se menos agressivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá, obrigada por comentar!
Gostaria muito de saber como você convive com a doença de pick.
Se tiver alguma dúvida, crítica ou sugestão, sinta-se à vontade.
Conto com sua ajuda para tornar este blog melhor!