Hoje voltamos ao hospital. Antes de contar como foi, preciso dizer qual foi o desfecho da última "novela".
No sábado, ficamos lá das 15h até quase meia-noite. O neurologista chegou depois das 21h, e não às 19h como estava previsto.
Ele nos garantiu que meu pai não teve um AVC e que os exames neurológicos estavam normais para o padrão da doença. No entanto, o exame de sangue apontou para um novo problema: os rins não estão funcionando como deveriam estar. Além disso, indicou a introdução de sonda nasoenteral, para alimenta-lo, já que estava sem apetite há uma semana.
Duas enfermeiras entraram no quarto com a sonda, mas meu pai falou com a voz firme, quase gritando, que não usaria nada e que estava comendo, sim. A enfermeira, então, me falou que não iria adiantar tentar introduzir a sonda, pois pacientes com esse perfil arrancariam na primeira oportunidade.
Fiquei um pouco decepcionada, pois eu estava com a esperança de que a sonda seria a "salvação da lavoura".
Deram um suco para o meu pai e alta, com o trato de comer bem. Caso contrário, a enfermeira viria até nossa casa para colocar a sonda. Na hora de se despedir, meu pai falou um sonoro "tchau mesmo!".
Voltando à tarde de hoje no hospital. Desta vez, fomos para meu pai ser atendido por um nefrologista.
Os novos medicamentos que meu pai começou a tomar no final do ano passado sobrecarregaram os rins, desenvolvendo insuficiência renal aguda.
A vida é irônica. Por um lado, você melhora a depressão e o desânimo, mas por outro, você ferra com os rins.
O nefro, então, suspendeu TODOS os remédios e indicou outros, para o estômago e aumento de apetite. É mais urgente estimular a alimentação, agora.
Semana que vem encontraremos o nefrologista novamente, que pediu para marcarmos uma consulta.
Ah! Meu pai tremeu muito quando a enfermeira foi colocar a agulha do soro. Tadinho, ele estava com tanto medo! Segurei a mão dele e disse q estava tudo bem, logo iríamos para casa.
Ele começou a sentir frio e cobrimos com lençol. Depois de dormir um pouco, acordou reclamando de frio. Fui falar com uma enfermeira, que se lembrou de mim, e nos transferiu para um quarto, mais confortável.
Desta vez, me preparei melhor para o chá de cadeira: levei um livro, ipod, balas e uma bolachinha.
Ainda bem que voltamos para a casa mais cedo desta vez. São quase 18h, meu pai está com uma carinha melhor e já tomou um monte de suco.
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