quinta-feira, 7 de março de 2013

A dificuldade em escolher


Bem no início da doença, meu pai apresentou aquela mudança de personalidade e comportamento que já comentei aqui no blog.

Uma das esquisitices ocorria sempre que saíamos para comer. Ele sempre gostou de escolher o prato, mas começou a nos deixar escolher sempre. E, quando perguntávamos sua opinião, ele respondia muitas vezes com agressividade um "tanto faz". 

Ficava aquele "climão" na mesa, durante boa parte da refeição. Lembro-me que em algumas vezes, a rainha do choro (eu) não se aguentava e começava a chorar ali mesmo, engolindo cada garfada com angústia e raiva.

Nestes momentos, admirava muito a minha mãe, que com muito jogo de cintura e bom humor, tentava voltar a conversar e amenizar a desagradável situação.

Ir a restaurantes já não era mais tão agradável e ainda não fazíamos ideia da gravidade e existência da doença que estava tomando conta das atitudes do meu pai.

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