Durante este período, ficamos à luz de velas e lanternas. Nem fui para a faculdade, pois como ela fica perto de casa, também estava sem energia.
Meu pai até que não deu trabalho - apenas no final da noite começou a sentir medo e ficou nervoso.
Como não havia muito o que fazer, ficamos conversando ou tentando ler alguma coisa, na sala.
Minha tia começou a falar no telefone e, como de costume, conversou em alto e bom som - equivocadamente, como se todo mundo estivesse interessado no que ela fala.
Meu pai, que muitas vezes fica incomodado com o barulho que ela faz, desta vez deu muita risada dos comentários que ouvia:
- É, é. Uma hora a gente ganha, outra hora perde. - a tia começou.
- Sabedoria popular! - meu pai disse, rindo. - Não tem o que fazer, né, Mônica, vamos ficar ouvindo ela falar hahahaha!
Em outro momento, a tia falou:
- Caramba!
- Fala logo CACETE! Hihihi é melhor falar cacete! Cacete é melhor! - ria o meu pai.
O papo continuou e os risos também:
- Isso.. barco.. bla bla bla... peixe.
- Nem barco, nem peixe! Não chegou a tanto! - meu pai referiu-se à chuva que caía.
- É, a Mônica, a Seiko, o Rubens bla bla bla...
- Tão usando nosso santo nome, hein! E acho que é em vão! - meu pai falou, levantando o dedo indicador.
Ainda me recompondo das gargalhadas que dei, minha tia disse:
Ainda me recompondo das gargalhadas que dei, minha tia disse:
- Ligou no celular da TIM da fulana...
- No TIM, não! TIMTIM é muito feio! - e rimos até não aguentar mais. "timtim" refere-se ao órgão sexual masculino em japonês, de uma forma do tipo "pipi" em português.
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