quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Meu pai sente frio, mas minha mãe não!

Ontem a noite estava vendo um filme com o meu pai, que tem a mania de dizer que já viu todos e quaisquer filmes e seriados possíveis. Não me lembro se já comentei aqui, mas ele sempre tem a impressão que já assistiu tudo quanto é filme, até os que acabaram de estrear. 

Em certo momento, ele começou a sentir frio e me perguntou se tinha um cobertor. Peguei primeiro a blusa dele, que me pediu para cobrir a minha mãe - que estava cochilando no sofá e, por sinal,  é "calorenta". 

Assim que a cobri, ela tomou um susto e chutou todo o cobertorzinho.

Meu pai fez uma cara de triste, olhou para mim e falou: 

- A intenção foi boa, né?

E eu respondi que sim, a intenção era a melhor e mais importante. E sorrimos um para o outro.

Receita de torta salgada

Resolvi dar uma incrementada no blog e colocar uma receita ou outra de vez em quando

Não tem como falar de doentes sem falar de apetite e comida.

Faço uma torta há mais de 15 anos (tô velha...!), cuja receita é de uma tia que cozinha super bem. O recheio é a gosto, então coloco o que tiver na despensa e geladeira. 

Fica boa com tomate picado, ovo cozido, atum, cebola, presunto, queijo, palmito, cheiro verde, azeitona, milho, ervilha. De vez em quando coloco pimentão, que dá um sabor maravilhoso! Já coloquei cenoura ralada e abobrinha. Também coloco molho de tomate de vez em quando. E uma pitadinha de sal. Quanto mais colorido, mais variadas são as vitaminas (olha o papo de nutricionista, hehehe)! 

Como é muito fácil e prática, além de gostosa e macia, sempre faço quando dá vontade. Fiz ontem para o almoço!


    Massa básica de torta da tia Neide

    Ingredientes
   
    3 ovos
    1 xícara (chá) farinha de trigo
    1 xícara (chá) óleo (não cheia)
    1 xícara (chá) leite integral
    3 colheres (sopa) queijo ralado
    1 colher (sopa) fermento em pó

    Modo de preparo



    Bater todos os ingredientes no liquidificador. 
  Colocar metade da massa na assadeira (untada com manteiga e farinha), despejar o recheio e colocar a outra metade da massa. 
    Salpicar com orégano e queijo ralado.  
   Levar ao forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos ou até dourar. Fica supimpa!

Fica mais ou menos assim, 
preciso tirar uma foto da próxima vez que fizer

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Criticando o meu rango


Sempre gostei de cozinhar. Lembro-me que quando era bem pequena, minha mãe não me deixava ajudar em quase nada, enquanto minha avó permitia que eu picasse uma batata de vez em quando - escondida. Ficava sempre na cozinha, observando minha mãe, avó, tias e empregadas cozinharem. 

Comecei a fazer bolos com uns 8 anos de idade. Hoje faço um pouco de tudo, mas ainda quero (e preciso) aprender tanta coisa!

Já falei para o meu namorado que, mesmo que a comida esteja terrível, ele nunca deve me dizer isso. Neste caso, prefiro uma mentirinha do que a sinceridade crítica. 

Só quem cozinha sabe o tempo que leva para preparar qualquer coisa: primeiro, temos que ter uma idéia do que fazer (e haja criatividade para variar o cardápio diariamente); depois, comprar os ingredientes, sendo que nem sempre encontramos de primeira; há o pré-preparo, no qual é preciso lavar, deixar de molho, deixar crescer, descascar, picar, triturar, amassar, ferver; o preparo exige paciência e uma mão "leve", para não exagerar no tempero e no sal.   

Uma vez, fiz um macarrão com um molho diferente, que nem me lembro direito como era, só sei que foi bem trabalhoso e meu pai - que estava começando a ficar doente - falou que eu precisava melhorar a apresentação do prato, pois daquele jeito não o apetecia. Fiquei chateada e nunca mais fiz aquela receita.

Hoje em dia, meu pai não reclama da comida. Mas quando ele não come, fico mega triste.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Voltando a usar o email!

Depois de muitos meses sem nem chegar perto de seu notebook, meu pai voltou a usa-lo.

Às vezes me pede um pouco de ajuda para acessar seu email, mas em outras consegue sozinho, com a ajuda de um passo-a-passo que fiz no ano passado e que já está meio "prejudicado" (Digitalizei uma parte, a seguir):


Meu pai acrescentou um "va" ao final do "está" 
(Pronto! O Gmail está ok)

Encaminhou uns 3 emails para mim, com piadas e dicas.

Fiquei muito contente em ve-lo voltando a ter interesse pela internet e em ve-lo fazendo muitas palavras cruzadas. Não cheguei a checar se ele está acertando tudo ou se está "trapaceando" como fez uma vez - ele apenas preenchia os espaços com letras aleatórias - mas acho que o importante é que ele está fazendo outras atividades além de ficar vendo televisão ou dormindo.

Também está acordando cedo, tomando banho e trocando de roupa sozinho, pois não perde mais o equilíbrio - não preciso mais ajuda-lo a levantar, sentar e deitar. Isso facilitou bem a minha vida!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Chateação. Agora eu devia estar ouvindo meu ipod dentro do busão, a caminho de Sao Paulo. Imprevistos são sempre possiveis em casas com idosos. Doentes, entao, nem se fala. Se eu viajasse, nao aproveitaria nada, pois ficaria preocupada. Mas ficar aqui tambem me enche de angustia. Geralmente chego bem na hora do almoco em sp. Meu namorado me busca e a gente vai comer as delicias que so existem na capital paulista. "Ja sou fregues", meu pai disse e riu para a enfermeira quando ela disse seu nome. Ele acordou vomitando e engasgou. Tentou aspirar o ar com dificuldade. A garganta fez um barulho rouco e sofrido. Peguei o telefone e disquei o numero da ambulancia. Mas meu pai falou q nao precisava. Respirou. E voltou a sentir falta de ar. Minha mae decidiu leva-lo ao hospital. Eu, que ja estava com mochila e tenis, peguei so minha bolsa e meus oculos, para dirigir ate o pronto-socorro. E ca estou eu, novamente. Ainda tenho esperanca q meu pai fique bem logo, para eu poder viajar. Sera q estou sendo egoista? Desejando isso, pensando so em mim? Mas tambem nao quero q ele sofra, entao no fim das contas, nao devo estar tao errada em sentir essa pressa, essa ansiesade que parece que vai fazer meu coraçao rasgar o meu peito.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bate-boca com a televisão



Teve uma época em que meu pai discutia com a televisão praticamente todos os dias.

Hoje ele quase não briga mais, mas às vezes não resiste e acaba dando uma bronca na coitada.

Antes de começar um seriado, passava propagandas cujo locutor possuía voz anasalada e estranha, nada a ver com aquelas vozes graves que estamos acostumados. Até eu me incomodava às vezes.

O locutor dizia "Apoio, banco x" ou "Apoio, novo carro y" e, imediatamente, meu pai imitava-o muito bravo com uma voz (muito engraçada) e ainda dizia "Apoio, puta que o pariu do caralho, cara idiota" - entre outras palavras do gênero.

Em outras ocasiões, meu pai se incomodava com o sotaque, voz ou assunto abordado em certos programas, dizendo "esse cara aí é um babaca, não sabe de nada!" e eu só falava "ah pai, é mesmo, né, vamos mudar de canal e ver algo melhor??" e ele se acalmava.

Teve uma vez em que uma baiana estava sendo entrevistada e, depois de ouvi-la, meu pai falou bem alto "ô! A bichinha num nega u sutáque", imitando-a. Eu ri tanto (e ele também), que minha barriga até doeu, pois meu pai nunca foi de fazer imitações.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Quem sabe cantar?













Em um certo dia, provavelmente do ano passado, estava assistindo a um vídeo de uma banda que eu era fã quando tinha uns 15 anos, chamada Silverchair. Fui no show naquela época, sabia todas músicas de cor e colecionava todos os CDs. 

Contente que eu me lembrava de alguns trechos  da música, comecei a cantar junto, bem baixinho, o refrão.

Meu pai, que estava na sala também, olhou bravo pra mim e disse:

- Duvido! - com uma voz nada amigável.
- De que que você duvida, pai? 
- Duvido! Essa música é muito difícil, você tá inventando. 

Parei de ouvir imediatamente e fui para o meu quarto, ficar um pouco sozinha e pensar. Pensar que um dia, meu pai já soube falar e cantar em inglês fluentemente; que se fosse em outra época, talvez ele até cantasse comigo, pois sempre apreciou músicas em geral.

Poucos minutos depois, parei de sonhar com o passado e voltei para a sala. Tudo ficou bem. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O apetite está de volta! Mas a agressividade também...

Finalmente posso dizer, com muita alegria, que meu pai voltou a se alimentar bem. Está comendo em todas as refeições e aceitando frutas de sobremesa na maior parte das vezes. 

Durante o dia, ele mesmo abre um pacote de bolacha doce e come algumas unidades. Ou vai até a geladeira e pega um suco ou refrigerante. Até canudo ele pegou no armário. Inclusive, me serviu um guaraná com canudo no meio da tarde, dizendo: "só tomei um pouquinho, hehehehehe, tudo bem né?". E eu, claro, respondi que não havia problema algum.

É um alívio não precisar mais insistir para ele comer. Ao mesmo tempo, sinto medo dele voltar a perder o apetite e a "esperteza" a qualquer momento, como já aconteceu antes. 

Por um lado, ele está bem melhor, mais ativo, com iniciativa e até questionador. Pediu para usar o computador e quis ajuda para acessar email, atitude que não tinha desde o inicio do ano passado.

Por outro lado, seu lado agressivo também voltou a ativa. Por qualquer motivo ele grita, xinga, fica nervoso.

Em certo momento, comentei que estava passando filmes bem legais na televisão e ele olhou pra mim com aqueles olhos arregalados e gritou o mais alto que pode: " então pra que você alugou filme?". Fiquei quieta, chateada.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Para matar formigas


Outro dia estava contando para meu pai que o noivo da minha amiga (e ela, claro) estiveram em casa e viram o estrago que as formigas estavam fazendo em algumas plantas do nosso quintal. 

Como ele é agrônomo, perguntei qual era a maneira mais eficaz de se livrar das formigas. 

Ele disse que era só comprar um veneno chamado Blitz, parecido com uma "ração" para matar rato. 

- É simples - expliquei depois para minha mãe - precisa apenas colocar o veneno ao lado do caminho das formiguinhas.

Foi terminar de falar, que meu pai perguntou:

- Mas e se as formigas estiverem andando na parede? 

Minha mãe e eu, que não esperávamos por essa, rimos demais. E meu pai, também.

Indo para a faculdade

Teve uma fase em que meu pai me acompanhava até o portão de casa quando eu estava saindo para a faculdade, a noite. Ele ficava com uma carinha de triste e pedia para eu não demorar para voltar. 

Eu ficava com a consciência pesada em deixá-lo, mas não tinha jeito. Precisava de um tempo para investir em mim. 

Em algumas ocasiões, meu pai falava para eu nem ir para a faculdade, alegando que eu "nem teria aula mesmo" (SIC)

Algumas vezes cheguei em casa (mais ou menos às 22h20) e encontrei meu pai sentado numa cadeira na garagem, me esperando. Dava um aperto no coração de vê-lo daquele jeito...

Minha mãe falou que em algumas noites, em finais de semana que eu passava na cidade do meu namorado, meu pai perguntava se eu estava na faculdade. 

Em outras noites, enquanto eu estava na aula, ele perguntava onde eu estava e, quando minha mãe respondia, ele falava "faculdade? mas que faculdade?".

Hoje começa meu último semestre. E depois? Só Deus sabe...

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Passeio pelo mercado

Hoje minha mãe avisou que estava saindo para comprar um peixe para o almoço. 

Meu pai levantou-se do sofá rapidinho e me pediu para avisar minha mãe que ele iria junto. Pediu para esperar ele se trocar.

Minha mãe ficou receosa dele dar um escândalo no supermercado e eu me ofereci para ir junto.

Meu pai trocou-se rapidamente e saímos.

Chegando lá, tudo correu bem. Mas ele fez questão de carregar a cesta com as compras o tempo todo e não quis deixar minha mãe sozinha. Eu falei para irmos na seção de chás, para escolher um ou dois, mas ele quis ficar com minha mãe, naquele frio da seção de peixes. 

Me ofereci para segurar a cesta, que já estava ficando pesada, mas ele disse que precisava carrega-lá, senão minha mãe ficaria brava. Coisas da imaginação.

Na saída, uma menina de uns 7 anos estava brincando no corredor, atrapalhando a passagem, e meu pai quase ficou bravo, se não fosse pela minha mãe e eu abrindo o caminho.  


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Propostas de trabalho até hoje

Até hoje, ligam em casa procurando meu pai. Muitas vezes, empresas encontram primeiro o telefone da loja da minha mãe e solicitam o contato do meu pai.

Aí é sempre aquele drama: geralmente foi algum ex-colega que indicou-o, que fica assustado quando descobre o estado mental do meu pai. Alguns choram, outros não acreditam, outros prometem alguma visita - mas nunca apareceram por aqui.

Minha mãe e eu começamos a nos lamentar um pouco, pois sempre são propostas "irrecusáveis", de projetos de caldeiras imensas. 

No começo, ficávamos tristes e pensávamos na possibilidade de, de repente, arrumar um estagiário para ajudar meu pai. Mas depois, ao cairmos na real, percebíamos que era algo inviável. 

Teve uma vez que um amigo do meu pai insistiu para levá-lo para a Holanda para gerenciar um projeto com poucos meses de duração. Reforçou  que não existia no Brasil outro engenheiro mecânico com a experiência e qualificação do meu pai. 

Infelizmente, não deu para aceitar a proposta, assim como todas as outras.


Velocidade relativa

Quando meu pai parou de dirigir, começou a ser um copiloto atencioso - até demais. 

Sempre tinha a sensação de que eu estava correndo muito e brigava comigo, gritava.

Tive que começar a dirigir bem devagar, para evitar desgastes. Mas, mesmo a 40 ou até 30 km/h, meu pai gritava, perguntando indignado, se eu estava com pressa.






quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Dor de dente e profissionais de confiança

Meu pai sempre manteve sua higiente bucal impecável. 

Durante aquelas semanas em janeiro, nas quais ele estava bem tristonho e sem apetite, ele recusou-se a escovar os dentes algumas vezes. Minha mãe e eu sentíamos dó de força-lo, então deixávamos ele dormir assim mesmo.

Semana passada ele teve uma dor de dente bem forte. Ligamos para o dentista, que por sinal é uma pessoa ótima, e marcamos um horário para o mesmo dia, às 18h. 

No caminho, ouvimos um CD que minha mãe ganhou em uma oficina, com músicas selecionadas pelos funcionários. Todas sertanejas, com letras bem-humoradas. Meu pai até cantou alguns trechos e demos muita risada!

Chegando no consultório, o dentista teve que aplicar um pouco de anestesia local, pois o canal do meu pai estava necrosado. Ele removeu os "gases" (palavras dele) e disse que não iria mais doer nos próximos dias. E marcou um retorno, na quarta-feira de cinzas.

Temos que tomar cuidado para escolher profissionais de saúde confiáveis. Antes de encontrar o Dr. Rubens (xará do meu pai), passamos por uma famosa em Ribeirão Preto, Dra. Gisele não-sei-o-que, que INVENTOU que os dentes do meu pai estavam todos "podres" e queria cobrar R$4.000,00 para consertá-los. 

Na época, tinha caído um dentinho do meu pai. Como ficamos desconfiadas da dentista, pois meu pai nunca tinha tido um problema desse nível, consultamos outro dentista, o atual, que confirmou que os dentes do meu pai estavam ótimos e só alguns precisavam de reparo. Gastamos cerca de R$100,00.

É carnaval no Brasil!

Caros (e raros) leitores, minha ausência durante os últimos dias foi devido ao feriado. 

Não tenho nada contra quem gosta, mas não vejo graça no carnaval. A única coisa que aprecio é o feriado!

Aproveitei esse tempo para descansar. Com minha irmã e mãe em casa, não precisei ficar de "vigia" 24 horas. Meu namorado e eu acordamos tarde e até demos algumas cochiladas durante o dia. 

De vez em quando batia uma culpa e o Régis (namorado) me falava que não tinha nada de errado em acordar tarde de vez em quando. 

Também fui com amigas para uma cidadezinha chamada Bueno de Andrada, para experimentar as famosas "coxinhas douradas". Adoramos! Foi muito divertido passar um tempo com as meninas, dando risada e relaxando! Elas não tem noção do bem que todas me fazem, mesmo que eu não saia com frequência com elas.

Meu pai se comportou bem durante os últimos dias, com exceção dos gritos que tem dado. Ah e recusou-se a nos deixar ajuda-lo a tomar banho. Tanto é que tomou sozinho, pois aprendeu a abrir e fechar o registro (isso foi impressionante)!

Ele está tão "espertinho", que durante a madrugada de ontem minha irmã acordou com um barulho da sala: estava vendo televisão. O programa era pornô e ele aumentou o volume!

Um dos remédios que ele tomava era para acalmar a libido. Pelo visto, já deixou de fazer efeito.

Hoje falei para ele trocar de roupa, pois precisava ir ao dentista e, para minha surpresa, ele me perguntou "já é quarta?" (dia marcado pelo dentista na semana passada).

Trocou-se sozinho, colocou tênis, relógio e procurou suas chaves, coisas que não fazia há tempos. 


sábado, 9 de fevereiro de 2013

A valsa

Esta foto foi tirada em Janeiro de 2010, durante a Valsa da minha formatura em Nutrição e Metabolismo - USP, Ribeirão Preto. 

Numa noite qualquer, meu pai deitou-se em sua cama bem na hora do jantar.

Para convencê-lo, demorou um certo tempo. Felizmente, consegui. 

Para ajuda-lo a caminhar, abracei-o de lado e falei para irmos até a sala dançando uma valsa. Ou um tango.



Ele segurou na minha mão e fomos "dançando" até a mesa. Meu pai comeu tudo.

Vida de cuidador: um pouco de distração vai bem



Uma das minhas maiores distrações durante o dia tem sido ler. Me faz um bem danado ler!

Agora estou lendo um livro bem emocionante. Nessas horas me sinto dentro das histórias e "fujo" da realidade. O bom é que a aventura é enorme, então tem bastante coisa para "viver" ainda. Estou no quarto, de cinco volumes. Meu namorado e eu estamos empolgados com essa história. Minha irmã também.

Comecei vendo o seriado, indicado pelo meu namorado e irmã. É uma boa "fuga" também. Enquanto meu pai assistia tv, ficava ao seu lado vendo o seriado no notebook, com fones. Não deixei meu pai assistir, porque achei que ele sentiria medo.

Meu pai não quis lavar o "cabelo"

Ontem, ao dar banho no meu pai, ele ficou meio rebelde. Gritou bastante. Pediu para eu não lavar seu "cabelo".


Começo sempre molhando suas costas, para dar uma "esquentada" e depois jogo água no peito, pescoço, braços e pernas. Para lavar, sigo a mesma ordem, deixando as "partes pudendas" e o cabelo por último.

Desta vez, quando fui lavar suas "partes pudendas", ele gritou:

- Nãaaaaaao! Você prometeu!!! - e me empurrou, com suas mãos fraquinhas - você falou que não ia lavar meu cabelo!! Por favor, Mônica, por favor, não!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nessa hora eu quase chorei, porque fiquei chateada dele ficar tão agoniado e confuso; quase parei de lavar. Mas é algo delicado, que precisa ser mantido com muita higiene, sempre. Então, contra a vontade dele, tive que terminar de limpar. Tadinho... 

Tentei acalmá-lo, falando "paizinho, deixa eu lavar bem rapidinho, não dói, prometo". 

Depois, lavei seu cabelo. Também foi tenso, pois ele não queria molhar a cabeça e, quando fui enxaguar o xampu, ele falou que não precisava.

No fim, terminei rapidinho e viemos para a sala. 

Minha irmã, que chegou cedinho para passar o carnaval em casa, serviu o café da manhã para ele, que comeu dois pães!

Enquanto isso, saí com minha mãe para fazer umas compras para sua loja, dentre outras coisas. Nem lembro quando foi a última vez que saímos tranquilas assim. A tarde, saí de novo, para comprar mais fralda, escova de dente e outros produtos, para meu pai. Fazia tempo que eu não saía sozinha assim também... foi divertido, mesmo sendo um passeio por farmácias e laboratórios.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O esconderijo secreto das fraldas

No início da doença, como já comentei, meu pai começou a ter comportamentos estranhos e novas manias.

Durante uma fase, ele escondia suas fraldas sujas em lugares variados.

Para encontrá-las, minha mãe e eu usávamos o nosso bom e velho olfato. 

Às vezes, encontrávamos as fraldas no armário, enroladinhas em algum cantinho. Em outras, estavam dentro de alguma mala ou necessaire. 

Depois de um tempo, meu pai parou de esconder suas fraldas e voltou a descartá-las no lixo.

Um beijo de boa noite

Uma das muitas lembranças boas que tenho de minha infância, é a do meu pai me colocando para dormir.

Por incrível que pareça, lembro-me dele me levando até meu quarto de mãos dadas ou no colo, me cobrindo e fazendo carinho na minha testa até eu pegar no sono. Ou então, quando estávamos sem sono, ele pegava um livro e nos contava histórias incríveis. De vez em quando, fazia teatrinhos com sombras, com as mãos e um abajur. E, claro, sempre me dava um beijinho estalado na bochecha de boa noite, que eu devolvia toda contente.

Hoje invertemos os papéis. Minha mãe ou eu levamos meu pai para seu quarto de mãos dadas e colocamos sua fralda e pijama, preparando-o para dormir. 

E damos um beijinho de boa noite em seu rosto. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Lavando o cabelo

No ano passado (ou será retrasado?), enquanto meu pai ainda tomava banho sozinho, parou de lavar o cabelo, de uma hora para outra.

Notamos depois de um certo tempo, quando percebemos que seu cabelo estava oleoso demais e com caspas. Falávamos para ele lavar durante o banho, mas ele respondia que não precisava, com a maior convicção. 

Comecei a lavar a cada 2 dias, mais ou menos, depois que ele tomava banho. No início ele relutou, mas depois se acostumou.

Ele sentava-se num cadeira, de costas para o box, com a cabeça bem inclinada. Eu lavava com chuveirinho. Até comprei aquela capa de plástico de cabeleireiro, para não molhar a roupa dele.

Muitas vezes, ele não me deixava lavar o cabelo. Para convencê-lo, às vezes dizia "vamos lavar o cabelo com o xampu da Gisele Bündchen, pai? " e obtia sucesso (ou não). Ele sempre foi fã dela.

Em outras ocasiões, dizia para lavar o cabelo e aproveitar para ganhar uma massagem gratuita na cabeça. Falava que a minha parte favorita ao ir ao cabeleireiro não era cortar o cabelo, e sim lavar as madeixas, pois a sensação era a melhor. 

Quando ele estava bem-humorado, entrava no banheiro e, ao acender a luz falava "luzes", ligava o rádio e dizia "som" e sorria.

Meu pai sempre teve o hábito de ouvir música durante o banho. Lembro-me de também ter adquirido esse costume quando criança e acabava ouvindo as mesmas coisas que ele ouvia: Adoniram Barbosa, Beatles, música clássica.

Fases da lua e a agressividade

Nunca acreditei em nada referente a Tarot, simpatias de amor, macumba, fases da lua para cortar o cabelo, leitura das mãos, das runas, do baralho, etc. Nada contra pessoas que acreditam. Afinal de contas, "a fé move montanhas". Eu é que não ligava para nada disso.

Na verdade, horóscopo eu até leio, mas é mais por diversão. 

Uma conhecida da minha mãe, terapeuta ocupacional, falou para começarmos a notar se meu pai ficava mais agressivo durante a lua cheia, pois trabalhava com muitos doentes cujos cuidadores relatavam esse tipo (bizarro, "bizarríssimo") de comportamento. 

Coincidentemente, notamos que ao se aproximar a lua cheia, meu pai fica mesmo mais inquieto, nervoso, sem sono, impaciente. 

Isso é meio assustador, acho, pois para mim isso era loucura, coisa de "lobisomem". 

Bom, em todo caso, agora sempre consultamos o calendário lunar para estarmos mais "preparadas" para os ataques de nervosismo do meu pai. 

Meu pai ama a minha mãe

Numa tarde em 2010 ou 2011, quando meu pai ainda bebia, ele veio até mim com aquele hálito forte (e horrível) de cerveja, me abraçou meio de lado e disse:

- É, filha... Descobri que amo a sua mãe...
- Ah é, pai? Que bom, né? - falei, num tom meio surpreso e inesperado.
- É...
- Antes tarde do que nunca! - continuei a conversa, assustada pois meu pai nunca demonstrou em "público" esse seu lado "romântico".
- É. Eu sei que eu sou um cara chato - riu, meio sem graça - eu sei que sou cara difícil! Mas, mesmo assim, sua mãe continua me aguentando e está sempre ao meu lado, de bom humor. Amo sua mãe, Mônica!

E sorrimos, satisfeitos.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Meu pai (quase) escreveu um livro


Antes de adoecer, meu pai teve uma daquelas conversas profundas comigo em uma das vezes que fui visitá-lo. Ele trabalhava e morava em Santa Catarina, numa cidadezinha de 50 mil habitantes. 

Conversamos sobre muitas coisas, entre elas, sobre sua profissão e seu conhecimento na área. Tristemente, me confessou que gostaria muito que um de nós 3 (filhos) seguíssemos sua carreira de engenharia mecânica, mais especificamente na área de caldeiras. Lamentou-se um pouco por não ser possível transmitir todo a sua experiência para os filhos, enfatizando que era muita coisa. 

Até lembrou que eu quase entrei para a engenharia, na época do vestibular, (engenharia de alimentos na UNICAMP). Lembro-me que na época de espera pelos resultados dos vestibulares, meu pai me incentivava estudar engenharia e eu, achava que nutrição era mais a minha cara.

Meu irmão até começou a fazer engenharia florestal, mas depois de 2 anos resolveu assumir seu gosto pela arte e foi fazer Cinema. Acho que ele será um sucesso, pois é muito talentoso. 

Sugeri, então, que ele escrevesse um livro. Na hora ele ficou meio na dúvida, mas pouco depois, já se animou. Disse que durante sua faculdade e no início do trabalho foi muito difícil adquirir informações específicas sobre caldeiras e que não havia livros didáticos para estudar e se aprimorar nesta área. Foi preciso aprender tudo sozinho, com a prática.

Começou a planejar alguns passos, como comunicar-se com outros engenheiros para que pudessem colaborar em alguns capítulos. Na época, meu namorado era apenas meu amigo (e que amigo!) e costumávamos nos comunicar por e-mail ou telefone. Ele estudava engenharia mecânica na UNICAMP e meu pai pediu alguns contatos de professores da área para ele. 

A partir de então, começou a escrever a noite ou aos finais de semana. A estrutura ficou completa, com sumário e outros ítens. Mas o conteúdo, infelizmente, não deu tempo de terminar. Era muita informação e o volume do livro prometia ser enorme. 

No início da doença, o livro foi abandonado. Meu pai até tentava começar a escrever, mas dizia que não estava inspirado e que dava preguiça. Meu pai nunca teve preguiça na vida antes de ficar doente! Foi estranho.

No ano passado ele ficou um tempão procurando o arquivo com o livro dele no computador, mas ele não se lembrava onde tinha salvo. Ajudei a encontrar e salvei no Desktop. E pedi para ele me mandar por e-mail, caso "perdesse" novamente. 

Quando li os agradecimentos, tive uma surpresa e algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto de emoção, mesmo por ter sido citada em apenas 1 linha:

2. Introdução
(...) Agora, depois de muita hesitação e passados muitos anos, resolvi, finalmente, escrever um livro técnico sobre caldeiras, pois disponho de tempo para isso e, segundo minha filha Mônica, que não quis seguir a carreira do pai, só falta esta atividade para completar minhas tarefas importantes nesta vida.
Já vinha construindo a idéia sobre a estrutura e conteúdo, ao longo dos anos, e utilizei todo o material que venho acumulando nestes 30 anos de trabalho com caldeiras em empresas como CBC-Mitsubishi (Brasil / Japão), Combustion Engineering ( USA ), Foster-Wheeler ( USA, Brasil ), Thyssen-Henschel ( Alemanha ), Kawasaki-Dedini ( Brasil ) e, mais recentemente, Alstom, antiga C-E ( USA ), Aker-Kvaerner ( Finlândia ) e Andritz ( Finlândia / USA ), além das experiências práticas na H. Bremer ( Santa Catarina, Brasil ), e na Biochamm ( Santa Catarina, Brasil ), onde, através de um Cliente, consegui também obter algumas informações interessantes sobre as caldeiras da EVT-Sulzer-GEC-Alsthom ( Alemanha ) para elevadíssimas capacidades, pressões e temperaturas utilizadas principalmente em grandes centrais termoelétricas a carvão pelo mundo afora.
 3. Agradecimentos
Agradeço à minha filha Mônica, que me incentivou a executar e concluir este livro."

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pai, você pode estar meio mal, mas não é mau!

- É perigoso. 
- O que, pai?
- É muito perigoso.
- O que é tão perigoso assim, pai? Estamos bem seguros aqui em casa, tá tudo trancado, tem aquele segurança inútil que fica passando de moto... tá tudo certo!
- NÃO! EU sou perigoso. - e deu um sorriso meio esquisito.
- Você, pai? Perigoso? Não, não é não... 
- Sou. Eu sou MAU - e sorriu, novamente.
- Pai, você não é mau, você é bom! Suas atitudes provam o quanto você é do bem! - respondi, um pouco preocupada.
- Sou MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAU!
- Pai... não é não... - já estava sem saber o que dizer.
- É melhor você se afastar de mim. Vou te fazer muito mal.
- Pai, você quer ficar um pouco sozinho? Eu sei que nunca faria mal a ninguém.
- Você é que pensa.
- Então vou te deixar um pouco sozinho, tá? Vou para o meu quarto. Ok?
- Melhor. E fecha bem a porta.

Depois de um tempo, voltei para a sala e estava tudo bem. Acho que às vezes ele deve ficar meio cansado de ter alguém seguindo-o para cima e para baixo, né?

Pedido de desculpas

O único momento em que meu pai ainda tem (pouca) privacidade, é quando vai ao banheiro.

Sempre pergunto se está tudo bem e, às vezes, entro para ajudá-lo. Outro dia falei, como sempre:

- Paiêeeee! Fiiiiiiiiiiiu (dou um assobio, como ele costumava fazer). Tá tudo bem aí?
- Fiiiiiiu ( = sim).
- Precisa de uma ajudinha? O que que você tá fazendo?
- CAGANDO! - gritou.

Saí de perto e fui para a cozinha, terminar de preparar o almoço. 

Assim que ele saiu do banheiro, veio dar uma espiada no que eu estava fazendo e falou baixinho:

- Desculpa!
- Pelo que, pai?
- Fui ríspido com você.
- Tá desculpado! É só não gritar mais comigo, tá bom?
- Tá. 

E sorriu.

O que responder quando meu pai pergunta: Por quê?

Se alguém tiver uma sugestão para me dar, aceito com todo o prazer.

Nunca sei direito o que dizer quando meu pai me pergunta os porquês dele. A grande ironia é que ele sempre me respondeu todos os meus porquês quando era pequena e, agora, quando ele me questiona, sempre fico meio abobada, gaguejando, tentando encontrar as palavras certas, quase nunca conseguindo obter sucesso.

Tenho uma priminha de 6 anos, linda Sofia, que também admira o pai. Uma vez ela perguntou alguma coisa para minha irmã, que não soube responder, e ela, com toda a naturalidade de uma criança, falou "ah, então depois eu pergunto para o meu pai. Ele sabe tudo". É mais ou menos assim que eu me referia ao meu pai.

Voltando aos porquês. 

Hoje, ao entardecer, ele começou com aquela tristeza. Mas bateu seu record e chorou como nunca tinha chorado antes. E eu, como sou uma boa companheira, chorei junto. Na verdade, eu gostaria de controlar melhor meus sentimentos, mas sempre fui muito transparente...

Aos prantos, ele me perguntava tantas coisas, como:

- Por que eu não fico bom?
- ... - a tonta aqui não sabia o que responder.
- Por que eu tenho medo de tudo?
- ... - mais uma vez, o gato comeu minha língua.

Tentava ser otimista, dizendo que ele está melhorando, se alimentando melhor, caminhando melhor de vez em quando. Mas aos prantos, fica difícil fazer uma voz de incentivo convincente.

Dentre outras perguntas, me perguntou se eu lembrava de Rio do Sul e Blumenau, cidades de Santa Catarina. Moramos em Rio do Sul por um período e ele, por mais tempo. Eu respondi que lembrava sim e tinha ótimas recordações daquele tempo, daquela cidadezinha simpática com tanta cultura. Falei que aprendi alemão (já esqueci quase tudo), que foi um período enriquecedor e de crescimento, pois antes achava que São Paulo (SP) era o "centro do universo". E ele, sem se animar com todo o meu discurso, só me disse "é um tempo que não volta mais. Se pudesse, queria voltar naquele tempo. Mas não dá". Chorei mais um pouco, pra variar! 

Outro assunto que me deixou extremamente emocionada, foi ele ter dito que deveria ter agradecido a mãe dele, por tudo. Ele nunca mais falou dela desde que faleceu, há 5 anos atrás. Na verdade, a relação deles era boa, mas meio complexa, pois minha avó sempre deu mais atenção (descarada) para minha tia, irmã dele. Ainda vou falar das duas. Um outro dia. 

Falando em irmã, tentei ligar para a minha, que mora em Brasilia, para ver se ele se animava. De vez em quando ele se anima para falar ao telefone. Mas ele continuava com aquela voz fraquinha e tristonha, deixando minha irmã preocupada.

Nem sei durante quanto tempo ficamos deitados na cama, de mãos dadas. Só sei que, depois de umas trovoadas, tive que ir no quintal tirar uns panos do varal antes que a chuva começasse (lerê, lerê). Quando voltei, ele sentou na cama, com uma cara normal, e disse "mas pode melhorar".

E fomos para a sala, como se nada tivesse acontecido, para ver um pouco de seriado americano.




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Noites em claro

Nas últimas semanas tem sido complicado dormir a noite.


Já tinha ouvido falar que ao entardecer muitos pacientes com Alzheimer e doenças do tipo ficam agitados. 

Meu pai começa a ficar com aquele medo e recusa-se a sair da cama. Fica ofegante e triste, só sussurrando e pedindo para não deixá-lo sozinho.

Fica assim também na hora de dormir a noite. Tenho ficado ao seu lado até ver que ele já dormiu. Dá um aperto no coração de ve-lo com tanto medo de ficar sozinho. Ele pega na minha mão, faz uma "carinha" e pede para eu não abandona-lo. E eu, claro, prometo que sempre estarei ao lado dele. 

Minha mãe também acaba acordando de madrugada quando ele levanta.

Às 3h40 de ontem, de madrugada, eu estava sentada no chão, perto da cama e meu pai estava deitado de lado, com as costas voltadas para mim. Achei que ele já estava quase dormindo, quando virou de repente, com o olhar lúcido e a voz firme e disse:

- Ué! O que que você tá fazendo aí?
nada, nada, já tô indo - respondi, meio surpresa.
- Pode ficar aí, se quiser!
- Não, pai, tô morrendo de sono e vou dormir! Boa noite!
- Boa noite!

E dormiu.

Oftalmologista - remela e colírio


Hoje faz 1 semana que fomos ao oftalmologista. É o último dia para pingar um colírio a cada 3 horas e outro a cada 1h30, 2h. Encontrei algumas recomendações na internet:

Recomendações para usar o ColírioPDFImprimirE-mail
1. Leia a bula que acompanha o medicamento e siga corretamente as instruções nela contidas.
2. Lave as mãos.
3. Tenha o cuidado de não tocar o olho ou os cílios com a ponta do aplicador.
4. Se for aplicar diferentes tipos de colírio no mesmo olho espere pelo menos dez minutos entre a aplicação dos colírios para que a segunda gota não elimine a primeira.
5. Você perceberá que a medicação atingiu o seu olho adequadamente. Caso isso não aconteça, coloque uma gota.
6. Mantenha os olhos fechados durante 1 a 2 minutos para permitir que a medicação seja absorvida.
7. Use um lenço de papel para retirar o excesso de colírio.
8. Você pode sentir pequena ardência nos olhos, mas a sensação passará em segundos.
9. Não deixe de usar seu colírio por esse motivo.


Os olhos do meu pai estavam com muita remela e, por mais que limpássemos, sempre sobrava um pouco e isso estava atrapalhando sua visão, pois ele queixava-se que não estava enxergando bem. 

Os olhos dele voltaram ao normal, não estão mais vermelhos e com remela. De vez em quando ele agradece quando pingo o colírio e outras vezes ele fica morrendo de medo e sussurando "nãaaaao". 

Para não perder a hora, coloquei o despertador no meu celular, que a cada 3 horas toca uma música chamada "New Soul", que adoro. Recomendação do meu namorado =)

https://www.youtube.com/watch?v=XgEfYGzojcA