Até hoje, ligam em casa procurando meu pai. Muitas vezes, empresas encontram primeiro o telefone da loja da minha mãe e solicitam o contato do meu pai.
Aí é sempre aquele drama: geralmente foi algum ex-colega que indicou-o, que fica assustado quando descobre o estado mental do meu pai. Alguns choram, outros não acreditam, outros prometem alguma visita - mas nunca apareceram por aqui.
Minha mãe e eu começamos a nos lamentar um pouco, pois sempre são propostas "irrecusáveis", de projetos de caldeiras imensas.
No começo, ficávamos tristes e pensávamos na possibilidade de, de repente, arrumar um estagiário para ajudar meu pai. Mas depois, ao cairmos na real, percebíamos que era algo inviável.
Teve uma vez que um amigo do meu pai insistiu para levá-lo para a Holanda para gerenciar um projeto com poucos meses de duração. Reforçou que não existia no Brasil outro engenheiro mecânico com a experiência e qualificação do meu pai.
Infelizmente, não deu para aceitar a proposta, assim como todas as outras.
Infelizmente, não deu para aceitar a proposta, assim como todas as outras.
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