Numa tarde em 2010 ou 2011, quando meu pai ainda bebia, ele veio até mim com aquele hálito forte (e horrível) de cerveja, me abraçou meio de lado e disse:
- É, filha... Descobri que amo a sua mãe...
- Ah é, pai? Que bom, né? - falei, num tom meio surpreso e inesperado.
- É...
- Antes tarde do que nunca! - continuei a conversa, assustada pois meu pai nunca demonstrou em "público" esse seu lado "romântico".
- É. Eu sei que eu sou um cara chato - riu, meio sem graça - eu sei que sou cara difícil! Mas, mesmo assim, sua mãe continua me aguentando e está sempre ao meu lado, de bom humor. Amo sua mãe, Mônica!
E sorrimos, satisfeitos.
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