- É perigoso.
- O que, pai?
- É muito perigoso.
- O que é tão perigoso assim, pai? Estamos bem seguros aqui em casa, tá tudo trancado, tem aquele segurança inútil que fica passando de moto... tá tudo certo!
- NÃO! EU sou perigoso. - e deu um sorriso meio esquisito.
- Você, pai? Perigoso? Não, não é não...
- Sou. Eu sou MAU - e sorriu, novamente.
- Pai, você não é mau, você é bom! Suas atitudes provam o quanto você é do bem! - respondi, um pouco preocupada.
- Sou MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAU!
- Pai... não é não... - já estava sem saber o que dizer.
- É melhor você se afastar de mim. Vou te fazer muito mal.
- Pai, você quer ficar um pouco sozinho? Eu sei que nunca faria mal a ninguém.
- Você é que pensa.
- Então vou te deixar um pouco sozinho, tá? Vou para o meu quarto. Ok?
- Melhor. E fecha bem a porta.
Depois de um tempo, voltei para a sala e estava tudo bem. Acho que às vezes ele deve ficar meio cansado de ter alguém seguindo-o para cima e para baixo, né?
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